É muito corrente ouvir-se que o povo tem boa memória, e essa parece ser a esperança do partido socialista do Bombarral, mas na realidade, não sei se posso concordar com a ideia de que os bombarralenses têm boa memória. Caso assim fosse, não se andava à cerca de duas dezenas de anos a votar PSD. Daí que, ou não se recordam realmente da gestão desastrosa do Albuquerque Álvaro, que já era acompanhado nessa altura por outros indivíduos bem nossos conhecidos e actores da actual Câmara, como é o próprio presidente, cujos efeitos da má governança e gestão andamos todos nós a pagar; ou então, têm memória curta, porque nem quero acreditar numa terceira hipótese, a de que gostaram. Vou, portanto, mais pela memória curta, porque é evidente que perante tudo o vem acontecendo nesta Câmara e com a gestão PSD, que resultou, como se sabe, no endividamento brutal da autarquia, no desleixo total do concelho e dos seus cidadãos e pelo seu desenvolvimento, continuam eleições após eleições a votar no mesmo partido...só posso e quero acreditar que seja mesmo por falta de memória. Mas temos que ser realistas e enfrentar o facto de que o PS do Bombarral, para além da questão da memória, acumulou muitas falhas desde as últimas eleições autárquicas, cujo preço, pode vir a ser pago no próximo mês de Outubro.
E começando pela questão da memória:
Primeiro – O PS foi autarquia há muitos anos, e seguindo esta linha de raciocínio, o povo já esqueceu, à muito, o que foi ter uma Câmara com gestão socialista;
Segundo - Como o PS não está no poder há muitos anos não existe memória e o último pelouro PS foi o que foi.
Terceiro - O actual candidato à Câmara, o Jorge Gabriel Martins, que foi também o último candidato e que esteve muito próximo de vencer, - que desde a noite das eleições e durante os três anos e meio seguintes - sempre disse não voltar a ser candidato; Depois temos aquele que, durante três anos e meio, sempre quis ser candidato, mas que nunca o disse abertamente e quando se apresentou como disponível para tal, já era tarde! Tiram-lhe o tapete e lá foi ele…Ou seja, para todos os efeitos, só se aflorou a problemática do candidato do PS passados três anos e meio.
Temos ainda o abandono do próprio partido socialista e do candidato, para com o concelho e para com todos os que trabalharam e se empenharam na campanha de 2005. Raramente os membros da concelhia do PS - e muito menos o candidato - apareceram em eventos públicos - com excepção para o que queria ser candidato, o Fialho Marcelino e o Bruno Santos - contactaram os cidadãos do concelho ou promoveram o que quer que seja que desse continuidade ao trabalho que foi desenvolvido durante a campanha. De lembrar que desse trabalho, resultou não apenas a conquista de 3 vereadores para a Câmara Municipal e o melhor resultado de sempre do PS, como também, promoveu o envolvimento de muita gente deste concelho na campanha eleitoral e na luta pela vitória do Jorge Gabriel, e que ficou esquecida durante estes últimos três anos e meio.
O sentimento que ficou para muitos daqueles que tanto trabalharam nas últimas eleições autárquicas de 2005, é de que o PS desapareceu e que agora, que precisam de gente novamente para trabalhar, lá vêm bater outra vez à porta.
Mas, para mim, o maior erro do PS Bombarral, foi o não aceitar o pelouro oferecido pelo ainda presidente da Câmara, Luís Duarte (que nem cheguei a saber qual era). Sabemos que este Sr. é “manhoso”, mas, esta circunstância seria agora uma bela arma de arremesso. No meu entender, nem que fosse um pelouro de “limpar casas de banho públicas” seria de aceitar e fazer esse trabalho o melhor e o mais responsável possível e hoje o PS teria trabalho para apresentar aos eleitores. Assim, o que existe é uma mão cheia de nada, nem sequer o pretexto de que, se não foi feito um bom trabalho foi porque a maioria PSD não deu condições para tal. Para uma parte dos eleitores deste concelho, o que ficou em memória é que o PS recusou um pelouro oferecido pelo partido vencedor, ou seja, que recusou trabalhar em prol do concelho. A ideia que está instalada e que ficou retida, (gostaria de estar completamente errada) entre as pessoas, os eleitores deste concelho, é de que o PS é o partido da oposição e que nada ou pouco fez . E, como diz o povo, " é preferível arriscar no que já se conhece, do que no que não se conhece".
Todos nós conhecemos o actual presidente e sabemos que não aceita sugestões do PS, pois vem logo com o argumento de que ele é que é o presidente, ele é que ganhou e ele é que manda; se a oposição não faz sugestões, vem queixar-se na comunicação social, que a oposição, e neste caso o PS, só critica, põe entraves e não faz nada.
Dizem os “experts” da “política”, e eu segundo esses mesmos “experts” não percebo nada de “política”, que quem ganha é que deve governar sozinho, a oposição é só isso mesmo, oposição, o papel da oposição não é dar ideias, não é governar a autarquia. Pois, tudo certo! mas na campanha, fizeram-se promessas aos eleitores, colocaram-se os cidadãos e os interesses do concelho em primeiro lugar, conquistaram-se três vereadores, tantos como os do PSD, e no fim o que é que foi feito para o interesse do nosso concelho ou interesse desses cidadãos, que votaram e acreditaram no PS? O que aconteceu foi o “nim”, pois raramente se teve a coragem de ser favorável a alguma boa proposta para o concelho. Ficou-se pela confortável mas inepta abstenção, que não quer dizer coisa nenhuma, ou melhor, quer dizer que a “ política” se interpõe entre os interesses partidários e os interesses reais das pessoas e do concelho. “Dar a mão à palmatória” não está na agenda política dos partidos, e nesta matéria, como é óbvio, funcionam todos da mesma maneira.
A acrescentar a tudo isto, é notório que o PSD não tem “apelo nem agravo” por nenhum autarca, caso exista a possibilidade de não vencer eleições. Já vimos isso acontecer no passado com o Albuquerque Álvaro, e neste momento, a cena voltou a repetir-se com o Luis Duarte, ou seja, nem sequer correm o risco de poder perder, por isso apresentaram já outro candidato. E o Partido Socialista do Bombarral, não teve visão estratégica, nem para dar continuidade ao bom trabalho iniciado em 2005, nem teve a “humildade” ou visão calculista sobre o futuro, para perceber que para ganhar eleições não chega apresentar um candidato com um bom perfil, ser uma pessoa de bem, ser um bom profissional, um cidadão exemplar, um bom chefe de família, apresentar boas ideias e ter o dom do discurso.
O trabalho a fazer passará, certamente, por falar a verdade, fazer compromissos credíveis e sustentáveis com os eleitores, dar esperança às pessoas, aproxima-las e envolve-las nos projectos da autarquia.
Podem voltar a dizer que este é um discurso ou uma visão naíve da política, mas já está mais do que provado que o modelo utilizado até agora está cheio de falhas e a cada ano que passa, resulta cada vez menos. É isso o que no diz os valores ascendentes da abstenção eleitoral e, por este caminho, não tarda muito e andam só os políticos a votar. Uns nos outros!
Ganhar eleições é um trabalho a médio e longo prazo e, se não se dá continuidade ao que se começa, quando se recomeça … volta-se ao ponto de partida, é como se começasse tudo de novo e o esforço para vencer a batalha terá que ser maior. Caso queiram ganhar realmente as eleições, oiçam os motivos porque os eleitores não gostam dos ”políticos” e da “política”, para enxergar o que andam a fazer de errado.
Existe muita esperança na eleição do Jorge Gabriel e espero, sinceramente, que as gentes deste concelho, se encontrem na pujança máxima da sua memória no momento de votar.
O Bombarral precisa que aconteça a verdadeira mudança.
E começando pela questão da memória:
Primeiro – O PS foi autarquia há muitos anos, e seguindo esta linha de raciocínio, o povo já esqueceu, à muito, o que foi ter uma Câmara com gestão socialista;
Segundo - Como o PS não está no poder há muitos anos não existe memória e o último pelouro PS foi o que foi.
Terceiro - O actual candidato à Câmara, o Jorge Gabriel Martins, que foi também o último candidato e que esteve muito próximo de vencer, - que desde a noite das eleições e durante os três anos e meio seguintes - sempre disse não voltar a ser candidato; Depois temos aquele que, durante três anos e meio, sempre quis ser candidato, mas que nunca o disse abertamente e quando se apresentou como disponível para tal, já era tarde! Tiram-lhe o tapete e lá foi ele…Ou seja, para todos os efeitos, só se aflorou a problemática do candidato do PS passados três anos e meio.
Temos ainda o abandono do próprio partido socialista e do candidato, para com o concelho e para com todos os que trabalharam e se empenharam na campanha de 2005. Raramente os membros da concelhia do PS - e muito menos o candidato - apareceram em eventos públicos - com excepção para o que queria ser candidato, o Fialho Marcelino e o Bruno Santos - contactaram os cidadãos do concelho ou promoveram o que quer que seja que desse continuidade ao trabalho que foi desenvolvido durante a campanha. De lembrar que desse trabalho, resultou não apenas a conquista de 3 vereadores para a Câmara Municipal e o melhor resultado de sempre do PS, como também, promoveu o envolvimento de muita gente deste concelho na campanha eleitoral e na luta pela vitória do Jorge Gabriel, e que ficou esquecida durante estes últimos três anos e meio.
O sentimento que ficou para muitos daqueles que tanto trabalharam nas últimas eleições autárquicas de 2005, é de que o PS desapareceu e que agora, que precisam de gente novamente para trabalhar, lá vêm bater outra vez à porta.
Mas, para mim, o maior erro do PS Bombarral, foi o não aceitar o pelouro oferecido pelo ainda presidente da Câmara, Luís Duarte (que nem cheguei a saber qual era). Sabemos que este Sr. é “manhoso”, mas, esta circunstância seria agora uma bela arma de arremesso. No meu entender, nem que fosse um pelouro de “limpar casas de banho públicas” seria de aceitar e fazer esse trabalho o melhor e o mais responsável possível e hoje o PS teria trabalho para apresentar aos eleitores. Assim, o que existe é uma mão cheia de nada, nem sequer o pretexto de que, se não foi feito um bom trabalho foi porque a maioria PSD não deu condições para tal. Para uma parte dos eleitores deste concelho, o que ficou em memória é que o PS recusou um pelouro oferecido pelo partido vencedor, ou seja, que recusou trabalhar em prol do concelho. A ideia que está instalada e que ficou retida, (gostaria de estar completamente errada) entre as pessoas, os eleitores deste concelho, é de que o PS é o partido da oposição e que nada ou pouco fez . E, como diz o povo, " é preferível arriscar no que já se conhece, do que no que não se conhece".
Todos nós conhecemos o actual presidente e sabemos que não aceita sugestões do PS, pois vem logo com o argumento de que ele é que é o presidente, ele é que ganhou e ele é que manda; se a oposição não faz sugestões, vem queixar-se na comunicação social, que a oposição, e neste caso o PS, só critica, põe entraves e não faz nada.
Dizem os “experts” da “política”, e eu segundo esses mesmos “experts” não percebo nada de “política”, que quem ganha é que deve governar sozinho, a oposição é só isso mesmo, oposição, o papel da oposição não é dar ideias, não é governar a autarquia. Pois, tudo certo! mas na campanha, fizeram-se promessas aos eleitores, colocaram-se os cidadãos e os interesses do concelho em primeiro lugar, conquistaram-se três vereadores, tantos como os do PSD, e no fim o que é que foi feito para o interesse do nosso concelho ou interesse desses cidadãos, que votaram e acreditaram no PS? O que aconteceu foi o “nim”, pois raramente se teve a coragem de ser favorável a alguma boa proposta para o concelho. Ficou-se pela confortável mas inepta abstenção, que não quer dizer coisa nenhuma, ou melhor, quer dizer que a “ política” se interpõe entre os interesses partidários e os interesses reais das pessoas e do concelho. “Dar a mão à palmatória” não está na agenda política dos partidos, e nesta matéria, como é óbvio, funcionam todos da mesma maneira.
A acrescentar a tudo isto, é notório que o PSD não tem “apelo nem agravo” por nenhum autarca, caso exista a possibilidade de não vencer eleições. Já vimos isso acontecer no passado com o Albuquerque Álvaro, e neste momento, a cena voltou a repetir-se com o Luis Duarte, ou seja, nem sequer correm o risco de poder perder, por isso apresentaram já outro candidato. E o Partido Socialista do Bombarral, não teve visão estratégica, nem para dar continuidade ao bom trabalho iniciado em 2005, nem teve a “humildade” ou visão calculista sobre o futuro, para perceber que para ganhar eleições não chega apresentar um candidato com um bom perfil, ser uma pessoa de bem, ser um bom profissional, um cidadão exemplar, um bom chefe de família, apresentar boas ideias e ter o dom do discurso.
O trabalho a fazer passará, certamente, por falar a verdade, fazer compromissos credíveis e sustentáveis com os eleitores, dar esperança às pessoas, aproxima-las e envolve-las nos projectos da autarquia.
Podem voltar a dizer que este é um discurso ou uma visão naíve da política, mas já está mais do que provado que o modelo utilizado até agora está cheio de falhas e a cada ano que passa, resulta cada vez menos. É isso o que no diz os valores ascendentes da abstenção eleitoral e, por este caminho, não tarda muito e andam só os políticos a votar. Uns nos outros!
Ganhar eleições é um trabalho a médio e longo prazo e, se não se dá continuidade ao que se começa, quando se recomeça … volta-se ao ponto de partida, é como se começasse tudo de novo e o esforço para vencer a batalha terá que ser maior. Caso queiram ganhar realmente as eleições, oiçam os motivos porque os eleitores não gostam dos ”políticos” e da “política”, para enxergar o que andam a fazer de errado.
Existe muita esperança na eleição do Jorge Gabriel e espero, sinceramente, que as gentes deste concelho, se encontrem na pujança máxima da sua memória no momento de votar.
O Bombarral precisa que aconteça a verdadeira mudança.
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