Porque se abstêm os eleitores?
Esta é uma das primeiras perguntas que surge, com toda a certeza, na mente de muita gente quando, após um acto eleitoral, se verifica que afinal apenas uma pequena percentagem de cidadãos eleitores decidiram exercer o seu direito de voto. A abstenção tem sido um fenómeno de carácter crescente em Portugal após o 25 de Abril de 1974, no entanto, foi a partir das legislativas de 1999 e das presidenciais de 2001, em que os níveis de abstenção alcançaram valores recorde, que o debate público surgiu trazendo com ele, algumas preocupações e a indispensável interpretação ou explicação para esta manifestação, aparente, de desinteresse popular pelo acto de votar.
Os mais optimistas, poderão pensar que esta atitude será apenas uma demonstração de “confiança da população na capacidade do sistema político para resolver os principais problemas da sociedade em causa” como diz Manuel Vilaverde Cabral, ou que “se os indivíduos não votam, é porque se consideram satisfeitos com o normal funcionamento das instituições e as decisões das elites políticas” como afirma José Manuel Leite Viegas, e que, na sociedade Americana, é justificação para as elevadas taxas de abstenção.
Mas será efectivamente esta a causa? A identificação “política - partidária”, o “envolvimento associativo e atitudes sociais”, o “interesse na política”, a “confiança nas Instituições” ou a “trajectória de vida dos indivíduos” constituem um grupo de algumas dimensões, frequentemente apresentadas, como explicativas do fenómeno. Mas será que elas são também válidas para a explicação do fenómeno da abstenção em Portugal?
A ser assim, a conclusão seria de que quanto maior for o envolvimento dos indivíduos, com valores e atitudes políticas, principalmente a “identificação partidária”, maior é a sua propensão para a participação eleitoral. Outro factor importante a deduzir também, e apontado como justificativo para uma atitude eleitoral participativa por parte do eleitorado, (apesar dos condicionalismos sócio-demográficos) seria a confiança do indivíduo de que, com o seu voto, poderia ter uma influência real sobre a tomada de decisões políticas.
Contrariamente ao acima referido, a não participação eleitoral e abstenção estaria mais associada a factores condicionantes e indicadores de desintegração social como são as variáveis “isolamento”, “ velhice”, “desemprego” e “baixa escolaridade” .
Esta é uma das primeiras perguntas que surge, com toda a certeza, na mente de muita gente quando, após um acto eleitoral, se verifica que afinal apenas uma pequena percentagem de cidadãos eleitores decidiram exercer o seu direito de voto. A abstenção tem sido um fenómeno de carácter crescente em Portugal após o 25 de Abril de 1974, no entanto, foi a partir das legislativas de 1999 e das presidenciais de 2001, em que os níveis de abstenção alcançaram valores recorde, que o debate público surgiu trazendo com ele, algumas preocupações e a indispensável interpretação ou explicação para esta manifestação, aparente, de desinteresse popular pelo acto de votar.
Os mais optimistas, poderão pensar que esta atitude será apenas uma demonstração de “confiança da população na capacidade do sistema político para resolver os principais problemas da sociedade em causa” como diz Manuel Vilaverde Cabral, ou que “se os indivíduos não votam, é porque se consideram satisfeitos com o normal funcionamento das instituições e as decisões das elites políticas” como afirma José Manuel Leite Viegas, e que, na sociedade Americana, é justificação para as elevadas taxas de abstenção.
Mas será efectivamente esta a causa? A identificação “política - partidária”, o “envolvimento associativo e atitudes sociais”, o “interesse na política”, a “confiança nas Instituições” ou a “trajectória de vida dos indivíduos” constituem um grupo de algumas dimensões, frequentemente apresentadas, como explicativas do fenómeno. Mas será que elas são também válidas para a explicação do fenómeno da abstenção em Portugal?
A ser assim, a conclusão seria de que quanto maior for o envolvimento dos indivíduos, com valores e atitudes políticas, principalmente a “identificação partidária”, maior é a sua propensão para a participação eleitoral. Outro factor importante a deduzir também, e apontado como justificativo para uma atitude eleitoral participativa por parte do eleitorado, (apesar dos condicionalismos sócio-demográficos) seria a confiança do indivíduo de que, com o seu voto, poderia ter uma influência real sobre a tomada de decisões políticas.
Contrariamente ao acima referido, a não participação eleitoral e abstenção estaria mais associada a factores condicionantes e indicadores de desintegração social como são as variáveis “isolamento”, “ velhice”, “desemprego” e “baixa escolaridade” .
Será que é isto o que nos indicam as estatísticas?
Será que deveremos estudar a abstenção em Portugal usando apenas estas variáveis?
Pessoalmente, creio que não e o chamado "conhecimento de senso comum" indica algo mais também.
(continua)
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