domingo, 14 de abril de 2013

domingo, 16 de setembro de 2012

A Troika Portuguesa

Pedro Passos Coelho, apesar de ser o 1º ministro de Portugal e ser um dos elementos da Troika Portuguesa, não é, de todo, o líder. O líder é o ministro das finanças, seguido pelo ministro da economia e depois lá vem o primeiro ministro. Qualquer dos três tem  uma imagem muito distorcida da realidade portuguesa, e quando digo realidade, falo mesmo da sociedade e do povo português.
Além dos dois primeiros nem sequer viverem em Portugal antes de assumir os seus cargos neste governo, conviviam, portanto, com realidades completamente diferentes, o terceiro, o nosso 1º, além de "pau mandado" destes dois (e de outros dentro e fora do governo), pelo que vem na comunicação social, foi estudante até tarde e apenas teve um emprego durante muito pouco tempo antes de se candidatar... e está quase tudo dito.
Estes senhores estão fechados no seu mundinho e nos seus gabinetes, recebem alguns milhares de euros na sua conta bancária todos os meses, mordomias a condizer com os respectivos cargos e estão dotados de grandes conhecimentos teóricos, mas de uma outra realidade, virtual talvez, não da nossa.
Não sabem nem conseguem imaginar o que é viver com os míseros euros que o povo, a maioria da população recebe de vencimento. Não lhes passa "pela cabeça" o tamanho da frustação que é descontar desse vencimento X para a TSU, CGA, IRS e sei lá mais o quê e depois quando se precisa da reforma, tiram-lhe uma "fatia"; quando se precisa de um exame médico ou uma consulta médica, ou paga o exame, ou paga uma taxa moderadora altíssima ou não faz o exame e espera meses antes de conseguir esse exame ou essa consulta...; Quando quer pagar as suas contas e o dinheiro já não chega; quando, se tendo comprado uma casa recorrendo a um empréstimo bancário que até à pouco tempo se conseguia pagar, agora já não consegue e vê a sua casa ser entregue ao banco e fica a viver debaixo da ponte com a família ou a voltar a casa dos pais ; Não fazem ideia do que é estudar ou ver os filhos crescerem e chegar a adultos e não ter emprego; Não imaginam o que é ficar sem emprego, não ter perspectivas de arranjar outro emprego, ficar dependente da "esmola" temporária do fundo de desemprego e depois...depois é uma triste incógnita onde tudo de mau pode acontecer (sentimos, vemos e lemos todos os dias na comunicação social, num familiar, num vizinho).
Falar é muito fácil, se assim não fosse, os políticos em geral e estes em particular não prometiam "mundos e fundos" antes de ser eleitos e depois ter um ataque de amnésia e esquecer tudo o que foi prometido. Só não esquecem o lado da sociedade ligadado ao capital, esses sim, são os intocáveis, como sempre.
Ouvir os discuros que esta "troika" emite publicamente também não é a melhor terapia para a "raiva" e frustação contida e cada vez maior que todos nós portugueses sentimos em crescendo. O pior é sentir que, para além da hipocrisia e das mentiras vergonhosas que "esta gente" ainda têm a "lata" de falar, é sentir que nos tratam como imbecis e mentecaptos.
A grande manifestação realizada ontem, pelo que já pude perceber, não vai arredar esta troika do rumo que traçou para Portugal, o PPC assim o afirmou publicamente na televisão. Tributar os bancos, julgar e obrigar todos os "ladrões"  que roubaram o BPN a devolver o dinheiro que desviaram e que agora nos obrigam a pagar; esclarecer as "negociatas" que envolvem a venda do BPN (por 40 milhões, até parece anedota pois até o Hulk rendeu 40 milhões ao FCP); desvendar como é que alguns enriqueceram de um dia para o outro (antes eram uns" pelintras" agora têm propriedades, grandes contas bancárias aqui e em paraísos fiscais) como por exemplo o Sr Dias Loureiro; responsabilizar pessoas como o governador do BP, o Sr. Vitor Constâncio, que até pouco tempo antes de se saber do BPN, garantia que estava tudo bem; esclarecer bem porque é que o antigo gestor do BPN, Antonio Coelho Marinho, teve direito a uma indemnização milionária - enquanto que o reformados e empregados deste país estão a perder direitos (vencimentos e outros); esclarecer também como é que o Sr. Oliveira e Costa enriqueceu e, enquanto responsável da entidade, obrigar a pagar"pelo menos" uma parte do "buraco" do BPN. Infelizmente, deram-lhe uma grande reforma e deixaram que o divorcio fictício, deixasse os bens na mão da ex mulher.
São muitos os exemplos de mau funcionamento da justiça, das injustiças e dos "roubos" públicos, fraude fiscal e corrupção, uma grande parte deles directamente relacionados com o BPN - durante e após venda - e com gente ligada à BPN (que continua impune e a ocupar cargos públicos ou em grandes empresas privadas antes) que só estes, contribuiram em muito para o descalabro das nossas contas públicas.
Outra "história" mal contada é a dos empréstimos dos Bancos e dos portugueses, que vivem acima das posses porque compraram casa e carrro recorrendo a empréstimos bancários. Ao contrário do que nos querem fazer crer, os Bancos cobravam juros muito mais elevados aos clientes e pelos empréstimos do que os juros que pagavam pelo dinheiro que compravam ao exterior, a provar isto são os lucros que eram e continuam a ser estrondosos todos os anos, apesar da crise. Quanto aos que compraram casa e carro, apenas uma parte das pessoas que fizeram esse tipo de empréstimo não estava a conseguir pagar as prestações, a maioria conseguia ter as suas contas em dia, contráriamente ao que presentemente aconteçe. E quando oiço o Senhor primeiro ministro a dizer que todos temos que pagar, custe o que custar, porque vivemos acima das nossas possibilidades, só corroboro o que acima afirmei, esta "gente" não tem a mínima ideia do país real e é uma injustiça aquilo que nos andam a fazer deixando de fora todos aqueles que realmente levaram o país ao estado a que chegou. Esta "troika" está a ser o coveiro de Portugal, estão a vender o país ao desbarato, tudo o que é nosso e faz parte da nossa identidade incluindo a nossa dignidade.
Eu sempre paguei as minhas dívidas e acredito que o país deve pagar o que deve, mas para isso, obriguem os maiores contribuidores a pagar a sua parte. Ir pelo caminho mais rápido através do elo mais fraco é inqualificável.
Se vão ao estrangeiro buscar tantas "más" ideias, vão também buscar as boas, a França, por exemplo.
Mas com tanto "boys", gente mal formada e licenciados de "meia tijela" neste governo, não podemos esperar nada de bom, portanto, resta irem embora antes que acabem com o resto.
RUA!!!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pego do Inferno, o paraíso que virou inferno




Este lugar lindíssimo estava assim até à duas semanas atrás, agora está rodeado de cinzas graças à  estupidez e descuido do bicho homem.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Animais nossos amigos

Vivam os animais, porque os seres humanos...é melhor serem extintos.

terça-feira, 24 de abril de 2012

25 de Abril de 2012


Estou convicta que a maioria dos portugueses, que ainda são contemporâneos do 25 de Abril de 1974, vive hoje a efeméride, não como o ícone Liberdade, Democracia e Desenvolvimento, mas sim, como a configuração da maior desilusão e desalento daquilo que foi e se acreditava que fosse o 25 de Abril à 38 anos.

Poderiam traduzir-se os discursos que iremos ouvir nesta efeméride, hipócritas e de circunstância, por esta citação de Almeida Garrett e, aposto, que muitos desses portugueses se sentiriam mais (infelizmente) identificados pois o seu conteúdo corresponde muito mais à nossa realidade actual.

“E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infância, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?”

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Correr atrás de uma utopia ou virar escravo de novo

Segundo diz o Sol na sua edição on line de 2 de Agosto de 2011, o ministro das finanças, Álvaro Santos Pereira, no final da sua declaração inaugural salientou que «os sacrifícios do presente não serão em vão». Ao ler este tipo de afirmações, nem sei se devo rir ou chorar, se devo fingir que não li ou esquecer que li, se devo partir para o insulto ou partir para a violência pura e dura. Não é que alguma destas soluções resolva alguma coisa no meu dia a dia ou nas minhas dificuldades económico financeiras, mas talvez aliviasse um pouco a pressão, ou, como se diz muito agora, me aliviasse o stress. É que eu não sei se o que me revolta mais é o facto de eu saber que nenhum sacrifício que eu faça - quando digo eu digo também tantos milhares/milhões de outros trabalhadores portugueses e cidadãos por este mundo fora - vai resolver esta ou outra qualquer crise, ou, se o que me revolta mais é saber que existem pessoas, como este ministro, que nos vem tratar, mais uma vez, como um “bando” de débeis mentais, imbecis ou pessoas desprovidas de qualquer tipo de inteligência ou capacidade de raciocínio.
Hegel dizia que “ A religião é o ópio do Povo” e isto, dito por outras palavras, significa prometer o paraíso/céu, a realidade ilusória, como recompensa dos males vividos na existência real, para aguentar/tolerar viver feliz aceitando todos os sacrifícios terrenos sem questionar ou pôr nada em causa. Ora nada melhor para manter o povinho calmo e sereno do que o desconhecimento, pior, a aceitação da ignorância como o prelúdio de uma felicidade futura. Mas como nem todos são devotos, então, tem que se adaptar a linguagem, intervindo com este tipo de promessas, mais laicas, mas igualmente falaciosa.
Ninguém diz ao povo que estamos na mão da Banca e dos especuladores, que os países são geridos por estes senhores, segundo consta, o mundo está nas mãos de menos de 400 famílias. Muitas destas famílias, como os Rothschild e os Rockfeller, estão na origem da criação dos maiores bancos americanos e posteriormente das grandes entidades financeiras como o FMI ou o Banco Mundial. São estas entidades que simplesmente controlam a economia mundial. Não movimentam dinheiro na economia mas sim papeis e, desta forma, ao emprestar mais dinheiro (virtual) do que aquele que têm nas suas reservas, lá vão enriquecendo com os juros que cobram. Com este tipo de operações, são retiradas de circulação, grandes quantidades de moeda (dinheiro) com o consequente efeito directo na falta de liquidez aos bancos e indirecto na taxa de inflação, subida de juros, aumento do desemprego, quebra na produção e no consumo, etc. Os prejuízos, para as economias dos países e dos seus cidadãos, tem efeitos incalculáveis e com os quais, os detentores do poder económico, aparentemente, não estão minimamente preocupados.
Ninguém nos informa que essas entidades lucram desmesuradamente com este tipo de especulação que levam países à “bancarrota” e são, de uma forma premeditada e através da especulação e oscilação das acções no mercado, as responsáveis por levar pessoas e países à falência de uma hora para a outra, sem qualquer escrúpulo. As acções são colocadas no mercado e são manipuladas de forma a valorizarem, por vezes atingem 20% acima do valor sistema produtivo, e depois desvalorizam de um momento para o outro levando a perdas astronómicas de investidores, de empresas estratégicas e de bancos nacionais. Foi algo idêntico a isto que aconteceu na América, o bem conhecido Crash ou Grande Depressão de 1929 ou com o Banco do Brasil na década de 90.
Ninguém nos informa que tudo isto é um esquema montado que tem levado ao endividamento de países como a Indonésia, o Japão e todo o Sudeste Asiático na década de oitenta/noventa e, mais tarde, atingiu igualmente muitos países da América latina, como o Brasil. Presentemente estende-se já a muitas economias mundiais, nomeadamente, a muitos países da a União Europeia, como bem sabemos. Eventualmente, apenas escaparão aquelas economias cujo capitalismo está mais amadurecido, no entanto, correm sérios riscos de caírem também por arrasto.
O engraçado, no meio desta trapalhada toda, é que este problema surge nos Estados Unidos da América. Primeiro, quando os grandes empresários ou capitalistas, retiraram os seus poupança/depósitos da banca, desinvestiram no mercado levando os bancos e a economia à falência, pois à falta de liquidez (falta de moeda) juntou-se o desemprego, dívidas e falta de consumo interno; segundo, quando já na década de 60/70 se incentivou os americanos ao consumo levando-os o super endividamento das famílias e do próprio estado Americano que gastava mais do que produzia, sendo obrigado a contrair empréstimos externos, importar mais do que exportar e pagar em títulos do tesouro. A actual crise voltou a surgir vinda do outro lado do atlântico, com a crise imobiliária e consequente falência dos grandes bancos americanos.
De uma forma genérica e simplista diria que a América passou a viver com o dinheiro dos outros países e a pagar com o tal dinheiro virtual, títulos do tesouro Americano, ou seja, os países emprestam em dinheiro ou vendem bens e recebem papeis. Sem dinheiro a circular nas suas economias, os sistemas produtivos passaram a produzir menos que os sistemas financeiros. Muitos dos países financiadores da América faliu, enquanto que a América, se continua a consumir acima do que se produz e a dívida continua a galgar sem controlo à vista. Presentemente é o país do mundo que maior dívida pública tem, mas contorna a situação, por exemplo, através da emissão de moeda própria. Claro que economias emergentes como a China, uma das grandes financiadoras do EUA, além de cobrar os juros da dívida está, também, através de uma produção “escrava”, a encher o mercado americano e mundial, de produtos baratos, presenteando os consumistas, mas, desmantelado ainda mais todo o sistema produtivo americano e mundial. O que daqui resulta é o colapso do sistema produtivo interno de cada país e aumento da dívida externa, pois para fazer face às dificuldades internas geradas pela falência das empresas, pelo aumento do desemprego e pela subida das taxas de juro é necessário, recorrer à ajuda externa, ou ao FMI, Banco Mundial e afins, ou fazer como a América, comprar/utilizar dinheiro virtual.

O consumismo assumiu um papel central neste processo de endividamento das famílias, dos bancos e dos países. Consumir mais do que se produz, pagar juros altíssimos dos empréstimos feitos ao Banco mundial e ao FMI, levam a que estejamos cada vez mais dependentes dessas entidades supranacionais. Bem podemos trabalhar, trabalhar, trabalhar que nunca iremos conseguir produzir o suficiente para cobrir as dívidas que resultam directamente da especulação gerada pelas instituições financeiras e pelos juros da dívida que, diria, fomos obrigados a contrair. É um ciclo vicioso, quanto mais devemos mais temos que pagar, dado que uma boa parte do que produzimos é para pagar juros, o restante não chega para o essencial e daí resulta que temos que contrair mais dívida. Enquanto isso, apenas trezentas e tal famílias no mundo, estão cada vez mais ricas e mais poderosas e uns quantos países estão cada vez mais perto do seu objectivo, o de governar o mundo.
A solução passa pelo regresso à época anterior à idade média, ou seja, à troca de bens e serviços por bens e serviços. Eu tenho ovos e vendo por 1kg de peixe, ou eu tenho uma casa e troco com a tua, ou eu arranjo-te a canalização e tu vais arranjar-me o telhado, etc. Se o povo, o cidadão que paga sempre a crise, não recorrer ou recorrer o menos possível aos bancos, utilizar o dinheiro o mínimo possível nas suas transacções comerciais e/ou serviços, se todos nós passar-mos a valorizar cada vez menos dinheiro, todo o sistema financeiro se irá desmoronar. É que eles também estão dependentes do consumo. Se não existir necessidade de utilizar moeda nas transacções, se não existir necessidade de recorrer aos bancos ou ao dinheiro, como é que esses senhores/instituições vão sobreviver? Não vão, a não ser que se adaptem àquilo que os cidadãos ditarem. Pode parecer utopia, mas já funcionou e se nada for feito agora, vamos voltar à época da escravatura, trabalhar para os senhores a troco de quase nada.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

É uma vergonha!!!

Tenho vergonha da avaliação que os outros (estrangeiros) fazem de nós portugueses;
Tenho vergonha por ter no meu país, “políticos” e pessoas que defendem que devem ser mais pobres a pagar uma dívida para a qual pouco ou nada contribuíram e que os ricos passem impunes pela crise e estejam cada vez mais ricos;
Tenho vergonha de um país onde os corruptos não são devidamente julgados e obrigados a pagar o que desviaram de bancos, de empresas e do Estado;
Tenho vergonha de viver num país onde uns vivem com algumas centenas de milhar de euros por mês de vencimento e outros com apenas algumas dezenas;
Tenho vergonha de viver num país com tanta “gentinha” sem escrúpulos e “políticos” sem carácter que apesar de não gostarem do José Sócrates, não gostarem do seu governo e das medidas que tem tomado nestes últimos 6 anos, que já foram candidatos autárquicos e que em campanha eleitoral defendam um afastamento ao símbolo Socialista e consequentemente ao seu líder e 1º ministro de Portugal, venham agora fazer parte das listas do PS para as próximas eleições legislativas e portanto, vir a integrar o governo ou o grupo parlamentar do Partido Socialista, liderado por José Sócrates. A lista apresentada por Leira tem “gentinha” desta, políticos deste “calibre” e, com toda a certeza, o mesmo deve acontecer com as listas de outros distritos também. É vergonhoso e repugnante que estes “políticos” tão bem entendidos e esclarecidos da política, tenham o descaramento de aceitar integrar um programa que nunca aprovaram, repudiaram e mal disseram, apenas e só, com a intenção de subir na vida, ir atrás de currículo e de “tachos”.
É por isto que muitos estão nestas listas, é por isto que muitos estão na política e é por causa destes “políticos” que Portugal está à beira da banca rota. É por causa destes “políticos” que eu, que sempre trabalhei, fui e continuo mal paga, que me levanto todos os dias bem cedinho para ir trabalhar, desde os 16 anos, agora tenho que ter vergonha de dizer que sou portuguesa porque os outros (os estrangeiros) dizem que eu, enquanto cidadã portuguesa, não quero trabalhar, não quero fazer sacrifícios e passo os dias na praia a apanhar sol.