A história do homem é a história da comunicação, pois esta tem sido, ao longo de toda existência humana, uma questão essencial para a vida em sociedade, marcando presença em todas as áreas da nossa actividade. O homem é um ser que vive em comunidade e esta particularidade, faz com que o ser humano se preocupe com a comunicação e com os “meios de comunicação”. À medida que o homem comunica entre si, não só descobre o mundo, como descobre o “outro”, vai criando códigos próprios para comunicar, para explicar, conhecer, compreender e informar. A comunicação está, assim, intrinsecamente ligada à informação e vise versa, pois para existir comunicação tem que, obrigatoriamente, existir conteúdo, sendo a informação que se troca e como se troca, uma condicionante à relação e ao sentido da comunicação.
Estamos a falar de uma variável muito importante, cuja influência se fez e continua a fazer sentir profundamente, e talvez cada vez mais, na evolução das sociedades. Mas a comunicação não é apenas uma variável isolada, ela é, sobretudo, a parte mais importante de um processo, pelo qual os indivíduos se relacionam e transferem informação, uma forma de alimentar relações, de partilhar emoções e sentimentos, com níveis de significados diferentes, sendo por esta razão, aproveitada como fonte de poder sobre os outros, de dominação e mudança social.
Com o desenvolvimento tecnológico, novas técnicas e tecnologias foram integradas na comunicação e na informação, conferindo-lhes um outro poder, o de alcançar cada vez mais indivíduos e poder participar e interferir nas suas actividades. A intensificação e divulgação da informação feita através dos meios electrónicos, como a televisão ou a internet, permitiram, não apenas uma aproximação espacial e temporal entre indivíduos, ao conhecimento de novas realidades, a uma homogeneização de comportamentos, mas também, a um outro tipo de organização social, à diminuição do contacto interpessoal e à influência ao consumo. O ser humano passou a servir-se de destas ferramentas que o auxiliam no processo de produção de comunicação, para o envio e recepção de mensagens, passando de uma comunicação de pequena escala, entre a sua comunidade, para uma comunicação mais alargada e de grande escala a comunicação de “massas”, a “comunicação social” ou “mass media”. Segundo Dominique Wolton, a comunicação, sendo um dos símbolos da modernidade, tem duas funções distintas, a normativa e a funcional. A primeira, porque torna comum o que é comum, facilitando a partilha e a “troca intersubjectiva”; a segunda, porque se tornou numa necessidade de comunicação das economias e das sociedades abertas para a troca de bens e serviços e para fins económicos, financeiros e administrativos e, eu acrescentaria também, para fins políticos.
A partir do momento em que os media ocuparam todo o espaço público, as empresas e outras organizações, são atraídas por estes meios, porque querem fazer chegar a sua mensagem a um maior número de pessoas possível. Segundo Bourdieu “A televisão, que pretende ser um instrumento de registo, torna-se instrumento de criação da realidade.”
As capacidades e potencialidades dos media, não são, portanto, autónomas do peso de algumas estruturas da sociedade. O reconhecimento desta realidade, evidência o poder de influência dos meios de comunicação ao serviço dos interesses de quem manda, a classe económica e a classe política, tornando-se num veículo transmissor de uma cultura e de uma ideologia mediáticas de massas correspondentes a esses interesses, moldando e alterando hábitos, valores e culturas dos indivíduos.
E se a democracia é um regime político que respeita, garante e promove os “direitos e liberdades fundamentais dos indivíduos, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa” , entre eles a liberdade de expressão e informação, os media, tornaram-se um centro de poder institucionalizado, um meio de vigilância e forças de produção, conforme diz Casttells “the support for the social production of meaning” e representação das opiniões públicas, que nada tem de democrático. Este tipo de democracia, impede os cidadãos ao acesso e à liberdade de escolha entre as diversas opções e a alternativas possíveis, limitando-os apenas àquelas que lhe são apresentadas e, claro, estas representam os interesses e os ideais de apenas alguns.
De uma forma sintetizada, podemos dizer que, a centralidade dos “mass media” na sociedade moderna se revela em três aspectos diferentes. Por um lado, enquanto instrumentos de poder e exercício do poder, de dominação ideológica ou conquista de visibilidade, são alvo de variados condicionalismos, expectativas e pressões vindos das estruturas económicas, sociais e políticas dominantes; por outro lado, pelo poder que exercem sobre os comportamentos, as atitudes e valores dos indivíduos, em particular, e da sociedade, em geral; por último, pela conquista que têm vindo a ter, na vida das pessoas, ocupando um espaço cada vez maior, substituindo-se a outras formas de relação e participação social. Como diz Bourdieu, a televisão exerce “ uma forma particularmente perniciosa de violência simbólica (…) que se exerce com a cumplicidade tácita dos que a sofrem e também, muitas vezes, dos que a exercem na medida em que uns e outros estão inconscientes do facto de a exercerem ou de a sofrerem”
Estamos a falar de uma variável muito importante, cuja influência se fez e continua a fazer sentir profundamente, e talvez cada vez mais, na evolução das sociedades. Mas a comunicação não é apenas uma variável isolada, ela é, sobretudo, a parte mais importante de um processo, pelo qual os indivíduos se relacionam e transferem informação, uma forma de alimentar relações, de partilhar emoções e sentimentos, com níveis de significados diferentes, sendo por esta razão, aproveitada como fonte de poder sobre os outros, de dominação e mudança social.
Com o desenvolvimento tecnológico, novas técnicas e tecnologias foram integradas na comunicação e na informação, conferindo-lhes um outro poder, o de alcançar cada vez mais indivíduos e poder participar e interferir nas suas actividades. A intensificação e divulgação da informação feita através dos meios electrónicos, como a televisão ou a internet, permitiram, não apenas uma aproximação espacial e temporal entre indivíduos, ao conhecimento de novas realidades, a uma homogeneização de comportamentos, mas também, a um outro tipo de organização social, à diminuição do contacto interpessoal e à influência ao consumo. O ser humano passou a servir-se de destas ferramentas que o auxiliam no processo de produção de comunicação, para o envio e recepção de mensagens, passando de uma comunicação de pequena escala, entre a sua comunidade, para uma comunicação mais alargada e de grande escala a comunicação de “massas”, a “comunicação social” ou “mass media”. Segundo Dominique Wolton, a comunicação, sendo um dos símbolos da modernidade, tem duas funções distintas, a normativa e a funcional. A primeira, porque torna comum o que é comum, facilitando a partilha e a “troca intersubjectiva”; a segunda, porque se tornou numa necessidade de comunicação das economias e das sociedades abertas para a troca de bens e serviços e para fins económicos, financeiros e administrativos e, eu acrescentaria também, para fins políticos.
A partir do momento em que os media ocuparam todo o espaço público, as empresas e outras organizações, são atraídas por estes meios, porque querem fazer chegar a sua mensagem a um maior número de pessoas possível. Segundo Bourdieu “A televisão, que pretende ser um instrumento de registo, torna-se instrumento de criação da realidade.”
As capacidades e potencialidades dos media, não são, portanto, autónomas do peso de algumas estruturas da sociedade. O reconhecimento desta realidade, evidência o poder de influência dos meios de comunicação ao serviço dos interesses de quem manda, a classe económica e a classe política, tornando-se num veículo transmissor de uma cultura e de uma ideologia mediáticas de massas correspondentes a esses interesses, moldando e alterando hábitos, valores e culturas dos indivíduos.
E se a democracia é um regime político que respeita, garante e promove os “direitos e liberdades fundamentais dos indivíduos, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa” , entre eles a liberdade de expressão e informação, os media, tornaram-se um centro de poder institucionalizado, um meio de vigilância e forças de produção, conforme diz Casttells “the support for the social production of meaning” e representação das opiniões públicas, que nada tem de democrático. Este tipo de democracia, impede os cidadãos ao acesso e à liberdade de escolha entre as diversas opções e a alternativas possíveis, limitando-os apenas àquelas que lhe são apresentadas e, claro, estas representam os interesses e os ideais de apenas alguns.
De uma forma sintetizada, podemos dizer que, a centralidade dos “mass media” na sociedade moderna se revela em três aspectos diferentes. Por um lado, enquanto instrumentos de poder e exercício do poder, de dominação ideológica ou conquista de visibilidade, são alvo de variados condicionalismos, expectativas e pressões vindos das estruturas económicas, sociais e políticas dominantes; por outro lado, pelo poder que exercem sobre os comportamentos, as atitudes e valores dos indivíduos, em particular, e da sociedade, em geral; por último, pela conquista que têm vindo a ter, na vida das pessoas, ocupando um espaço cada vez maior, substituindo-se a outras formas de relação e participação social. Como diz Bourdieu, a televisão exerce “ uma forma particularmente perniciosa de violência simbólica (…) que se exerce com a cumplicidade tácita dos que a sofrem e também, muitas vezes, dos que a exercem na medida em que uns e outros estão inconscientes do facto de a exercerem ou de a sofrerem”
(continua)
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