Ora já cá faltava mais esta!
Em nome da política, tudo pode acontecer, incluindo corrupção, tráfego de influências, empregos para os amigos e familiares ... , o que, infelizmente, nem em Portugal nem em outros países, é situação inédita ou pouco frequente, apesar de condenável. Mas a verdade é que todos o fazem sem pudor, vergonha ou constrangimento, ou melhor, acontece entre muitos militantes, apoiantes, governantes, directores, gestores e outros, de todos os quadrantes políticos. Apontar baterias e o fogo armado, a alguns e em certas circunstâncias, na tentativa de aproveitamento político, como é o caso, não me parece honesto nem correcto e não é mais do que uma demonstração de falta de honestidade, descaramento ou de de um qualquer tipo de ”amnésia” – muito comum - que dá muito jeito, mas que está (deveria estar) abrigada por telhados de vidro. Denunciar o que está mal, com a intenção de fazer justiça ou fazer cumprir a lei, é algo que qualquer cidadão tem o direito e o dever de fazer ou denunciar, mais que não seja, por se tratar de uma causa cívica. Relativamente a certos assuntos, considerando a forma e os “timmings” em que são feitos, fico bastante apreensiva relativamente aos fins.
Sem meter as “mãos no fogo” por ninguém, a verdade é que aparentemente alguém decidiu que o José Sócrates deveria ser alvo a abater. A novela já é longa e de muitos episódios e agora, coincidência das coincidências, uns dias depois de ter vindo a público que o PM não seria implicado nem arguido no caso Freeport, eis que a Manuela Moura Guedes, lá larga outra bomba, que obviamente, arrasta para a explosão, tanto o José Sócrates, como o partido socialista, como o governo, como os mais básicos direitos fundamentais de qualquer país democrático, a liberdade de expressão. Claro que este último, tem dois sentidos, mas parece evidente que só se quer ajuizar um deles e, neste caso específico, apenas o lado do emissor - a jornalista Manuela Moura Guedes.
Como li algures, e com o que concordo plenamente, esta senhora até se pode intitular como jornalista e o seu programa como um programa de informação, mas, do meu ponto de vista, está muito longe de ser ambos. Nem o programa é de divulgação de informação, mas sim, um programa de emissão de opinião, nem ela, a jornalista, é um emissor isento de divulgação de informação, notícias, factos, mas mais uma “opinion maker” do que outra coisa qualquer, nem sequer se poderá intitular como investigadora, já que, para um trabalho ciêntifico, muitos preceitos têm que ser cumpridos, incluindo a divulgação das fontes. Nesta fase, também é importante referir que, apesar de alguma protecção - algumas vezes justificável - das fontes que estão por detrás das “notícias”, a verdade é que muito se pode “informar” ao abrigo de fontes “fantasmas”, ou não é? E onde se encaixam as fugas de informação de processos em segredo de justiça? Isso é crime!
O Jornal de Notícias, por exemplo, escrevia hoje às 10h01 (entre aspas, o que pressupõe uma citação) que - A Prisa negou hoje, sexta-feira, qualquer interferência na polémica decisão tomada pela TVI de suspender o Jornal Nacional de 6ª-feira, insistindo que se tratou de uma decisão da equipa de direcção em Lisboa. Ler... http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1352859
Esta notícia foi divulgada, horas depois de uma outra, da qual transcrevo este parágrafo - “Os espanhóis proprietários da Media Capital, detentora da TVI, há uma semana que preparavam este cancelamento, cuja consequência mais visível é o afastamento de Manuela Moura Guedes da antena. Tinham dado instruções para que a promoção ao programa, na qual aparecia José Sócrates, primeiro-ministro, a fazer acusações à TVI, não fosse para o ar. Juan Luís Cébrian, presidente da Prisa, com ligações ao Partido Socialista espanhol, chamou a si esta decisão. Bernardo Bairrão, director-geral da TVI desde a saída de Moniz, ainda terá tentado demover os gestores.“Ler...http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1351841
Agora pergunto, que fontes fidedignas são estas, que ora dizem uma coisa, ora dizem outra. Qual é a credibilidade destas notícias?
Ver este programa da Manuela Moura Guedes, que pode estar a transmitir factos verdadeiros (não é isto que está em causa), é passar quase uma hora a ouvir falar do “governo” e de José Sócrates, de tudo o que este governo faz, mas sempre no negativo; levar entrevistados que dizem igualmente mal dos atrás citados; ouvir falar de assuntos e documentos que deveriam estar em segredo de justiça, mas que são ali citados e transcritos, sem qualquer pudor, ( claro que sem divulgar as fontes ou as fontes “darem a cara”, pois caso assim fosse, no mínimo seriam levados à justiça - TVI e fontes).
Em nome da política, tudo pode acontecer, incluindo corrupção, tráfego de influências, empregos para os amigos e familiares ... , o que, infelizmente, nem em Portugal nem em outros países, é situação inédita ou pouco frequente, apesar de condenável. Mas a verdade é que todos o fazem sem pudor, vergonha ou constrangimento, ou melhor, acontece entre muitos militantes, apoiantes, governantes, directores, gestores e outros, de todos os quadrantes políticos. Apontar baterias e o fogo armado, a alguns e em certas circunstâncias, na tentativa de aproveitamento político, como é o caso, não me parece honesto nem correcto e não é mais do que uma demonstração de falta de honestidade, descaramento ou de de um qualquer tipo de ”amnésia” – muito comum - que dá muito jeito, mas que está (deveria estar) abrigada por telhados de vidro. Denunciar o que está mal, com a intenção de fazer justiça ou fazer cumprir a lei, é algo que qualquer cidadão tem o direito e o dever de fazer ou denunciar, mais que não seja, por se tratar de uma causa cívica. Relativamente a certos assuntos, considerando a forma e os “timmings” em que são feitos, fico bastante apreensiva relativamente aos fins.
Sem meter as “mãos no fogo” por ninguém, a verdade é que aparentemente alguém decidiu que o José Sócrates deveria ser alvo a abater. A novela já é longa e de muitos episódios e agora, coincidência das coincidências, uns dias depois de ter vindo a público que o PM não seria implicado nem arguido no caso Freeport, eis que a Manuela Moura Guedes, lá larga outra bomba, que obviamente, arrasta para a explosão, tanto o José Sócrates, como o partido socialista, como o governo, como os mais básicos direitos fundamentais de qualquer país democrático, a liberdade de expressão. Claro que este último, tem dois sentidos, mas parece evidente que só se quer ajuizar um deles e, neste caso específico, apenas o lado do emissor - a jornalista Manuela Moura Guedes.
Como li algures, e com o que concordo plenamente, esta senhora até se pode intitular como jornalista e o seu programa como um programa de informação, mas, do meu ponto de vista, está muito longe de ser ambos. Nem o programa é de divulgação de informação, mas sim, um programa de emissão de opinião, nem ela, a jornalista, é um emissor isento de divulgação de informação, notícias, factos, mas mais uma “opinion maker” do que outra coisa qualquer, nem sequer se poderá intitular como investigadora, já que, para um trabalho ciêntifico, muitos preceitos têm que ser cumpridos, incluindo a divulgação das fontes. Nesta fase, também é importante referir que, apesar de alguma protecção - algumas vezes justificável - das fontes que estão por detrás das “notícias”, a verdade é que muito se pode “informar” ao abrigo de fontes “fantasmas”, ou não é? E onde se encaixam as fugas de informação de processos em segredo de justiça? Isso é crime!
O Jornal de Notícias, por exemplo, escrevia hoje às 10h01 (entre aspas, o que pressupõe uma citação) que - A Prisa negou hoje, sexta-feira, qualquer interferência na polémica decisão tomada pela TVI de suspender o Jornal Nacional de 6ª-feira, insistindo que se tratou de uma decisão da equipa de direcção em Lisboa. Ler... http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1352859
Esta notícia foi divulgada, horas depois de uma outra, da qual transcrevo este parágrafo - “Os espanhóis proprietários da Media Capital, detentora da TVI, há uma semana que preparavam este cancelamento, cuja consequência mais visível é o afastamento de Manuela Moura Guedes da antena. Tinham dado instruções para que a promoção ao programa, na qual aparecia José Sócrates, primeiro-ministro, a fazer acusações à TVI, não fosse para o ar. Juan Luís Cébrian, presidente da Prisa, com ligações ao Partido Socialista espanhol, chamou a si esta decisão. Bernardo Bairrão, director-geral da TVI desde a saída de Moniz, ainda terá tentado demover os gestores.“Ler...http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1351841
Agora pergunto, que fontes fidedignas são estas, que ora dizem uma coisa, ora dizem outra. Qual é a credibilidade destas notícias?
Ver este programa da Manuela Moura Guedes, que pode estar a transmitir factos verdadeiros (não é isto que está em causa), é passar quase uma hora a ouvir falar do “governo” e de José Sócrates, de tudo o que este governo faz, mas sempre no negativo; levar entrevistados que dizem igualmente mal dos atrás citados; ouvir falar de assuntos e documentos que deveriam estar em segredo de justiça, mas que são ali citados e transcritos, sem qualquer pudor, ( claro que sem divulgar as fontes ou as fontes “darem a cara”, pois caso assim fosse, no mínimo seriam levados à justiça - TVI e fontes).
Para quem gosta deste tipo de “informação” é um óptimo programa para fazer coscuvilhice. Uns, aproveitam essa coscuvilhice para vender, ou seja, para fazer lucro, outros, aproveitam para tentar vencer eleições, já que nada mais têm que os possa levar a isso. Daí que todos os partidos da oposição neste momento, achem magnífico e estejam a emitir opinião sobre uma situação ainda não comprovada, mas que lhes dá um jeitão, pois surgiu, mais uma vez, no "timming" certo.
Olha que coincidência!
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