sexta-feira, 25 de setembro de 2009

NÃO DEIXE QUE OS OUTROS ESCOLHAM POR SI


Desde a Revolução de 25 de Abril de 1974 que todos os cidadãos portugueses adquiriram o direito de escolher, através do seu voto, os seus representantes na governação do nosso país. Esta forma de exercício político do povo é a expressão da liberdade de escolha de cada um de nós e é, também, um instrumento fundamental e essencial para a prossecução do bem comum e individual sendo, por isso mesmo, um dever intransmissível de todos os cidadãos e do Estado Democrático.
Sendo um direito e não um dever, ninguém pode ser penalizado quando decide não exercer esse direito consagrado na nossa Constituição, no entanto, fazer dessa negação uma forma de protesto, como é habitual ouvir-se, contra os políticos, contra o sistema, contra o governo ou seja lá o que for, não creio que seja o meio mais eficaz. E porquê? Porque um não voto, não tem nenhum significado, ou melhor, pode ter vários: o eleitor esteve doente, esteve ausente do país, esteve de férias, ficou a descansar em casa, está desinteressado pela política, não gosta de políticos, etc. Mas nenhum destes motivos é uma forma de protesto contra coisa nenhuma. Nenhum destes motivos é uma escolha por alguma coisa. Nenhum destes motivos é mudar o que quer que seja. Mas é, com toda a certeza, deixar que os outros escolham por nós.
Se votar, seja por ideologia partidária ou por acreditar no trabalho de um qualquer candidato, significa uma escolha em alguém em quem confiamos para nos representar ou em soluções que achamos positivas para a sociedade, para a nossa comunidade ou para o nosso país. E um voto em branco é também um voto útil, e esta frase não é apenas um "slogan" publicitário.
Se votar em branco, também está a escolher e, esse voto, é uma outra forma de escolha ou será uma forma de protesto efectiva contra quem se apresenta a eleições. Ou porque essas pessoas não apresentam as soluções que achamos adequadas; ou porque não explicaram bem as suas ideias durante a campanha e por isso, não ficamos suficiente esclarecidos para fazer uma escolha; ou então porque não acreditamos no sistema político e/ou nos políticos.
Qualquer que seja a razão, o significado de um voto em branco será sempre o resultado de uma escolha, da nossa escolha e não da escolha de alguém.
Estamos a 3 dias das eleições Legislativas, e destas eleições sairão os deputados que nos irão representar na Assembleia da República e, sairá igualmente, o novo governo para os próximos 4 anos. No dia 11 de Outubro serão as eleições Autárquicas, onde se escolherá, também para os próximos 4 anos, os nossos representantes nas autarquias locais, da Câmara Municipal, da Assembleia Municipal e da Juntas de Freguesia. Por isso, pense e vá votar, mesmo que seja em branco. Não deixe que os outros escolham por si.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os candidatos do Partido Socialista para as Autárquicas do Bombarral

Depois da divulgação pública das listas de candidatos do Partido Socialista para os vários orgãos autárquicos do concelho do Bombarral, só posso congratular-me pela coragem do Jorge Gabriel, em incluir pessoas de vários quadrantes políticos. Isto sim, pode ser uma manifestação de democracia e de política, na verdadeira acepção destas palavras, e poderá ser, acima de tudo, por parte dos candidatos, uma verdadeira manisfestação do querer defender os interesses do nosso concelho, sem os preconceitos e politiquices habituais.
Gostaria muito de acreditar que o que parece é, e que todos os intervenientes, incluindo os militantes e simpatizantes dos vários partidos concorrentes, os eleitores deste concelho e os próprios candidatos, compreendam o alcance deste passo e o seu significado para o nosso concelho. Digo isto, porque há muito que defendo esta posição e sei os comentários que tenho ouvido. Sei também dos preconceitos que existem e do tradicionalismo à volta desta matéria, por parte de uma grande percentagem dos "políticos" incluindo os do Bombarral. Infelizmente, já comecei a ouvir os habituais comentários tradicionais, discriminatórios e preconceituosos, de membros das actuais listas, acerca destas escolhas o que me deixou bastante triste. Tentei e irei sempre explicar, todas as vezes que a oportunidade surja, das vantagens sobre a convergência e a multiplicidade de diferentes ideologias e de que é preciso mudar sobre a forma de fazer e viver a política, para o bem da liberdade, democracia, da igualdade e, acima de tudo, da participação popular, pois sem esta, tudo o resto deixa de existir ou fazer sentido.
Os partidos políticos surgiram com o 25 de Abril de 1974, num contexto por todos conhecido e, considerando esse mesmo contexto, necessários para a sociedade, para a implementação da democracia e para a defesa dos direitos e liberdade das pessoas. Mas, no actual contexto, já se começa a questionar a sua existência. Entre outros motivos invocados, surge o facto de os partidos se terem fechado em si próprios, virados para os seus políticos, os seus militantes e simpatizantes, fechados para a sociedade e para os problemas dessa mesma sociedade e dos seus cidadãos.
Os movimentos de cidadãos têm vindo a ganhar defensores e os partidos políticos só têm a ganhar, se abrirem as suas portas a ideias e a pessoas diferentes. Claro que existem diferenças ideológicas e prioridades diferentes entre partidos, em especial entre partidos ditos de esquerda e os da direita, que são de difícil e até mesmo, impossível convergência. No entanto, e em especial para este tipo de eleições autárquicas, em que o objectivo deve ser a gestão e o interesse do bem comum, trabalhar em conjunto e tendo como ideal este mesmo princípio, torna-se obrigatória uma nova atitude.
Gostei desta nova atitude do Jorge Gabriel, o candidato do partido Socialista à Câmara Muncipal do Bombarral.

As intervenções de Anabela Sá- Cabeça de Lista do PS para a Assembleia Municipal do Bombarral

Já ouvi a Anabela Sá falar, algumas vezes, em grandes mudanças para a Assembleia Municipal, só ainda não percebi que mudanças são essas, infelizmente!
No dia 11 de Setembro no Teatro Eduardo Brazão, voltou novamente a repetir o mesmo discurso abstrato e vago acerca das medidas e das mudanças que pretende introduzir nas Sessões da Assembleia Municipal do Bombarral. Para além de ser sua intenção colocar as novas tecnologias ao serviço da modernização deste orgão que, segundo a candidata, aproximará os cidadãos da autarquia (porque ao levar as reuniões até aos bombarralenses, promove e incentiva intervenção e fiscalização dos cidadãos sobre a acção da autarquia) pouco mais esclarecedora tem sido. Ou seja, o móbil ou o motivo anunciado para aceitar esta candidatura, tem sido apenas este, trazer mudanças ao funcionamento das reuniões da Assembleia Municipal e aproximar os cidadãos destas reuniões. Mas como é que pensa modernizar as reuniões? Será que as suas ideias misteriosas são exequíveis, tanto em termos práticos como financeiros? E já agora, será que ela sabe, quais as funções de um Presidente de Assembleia Municipal? Será que sabe do regimento e da legislação para funcionamento das reuniões da Assembleia Municipal? Será que alguém disse à senhora ou ela já foi averiguar/confirmar se as tais ideias de mudança, se enquadram nesse mesmo regimento e legislação em vigor? ou será que pretende alterar ambas, para que estas se enquadrem nas ditas ideias dela de mudança para a Assembleia Municipal? Será que o PS do Bombarral, ou pelo menos alguns militantes, irão permitir que a candidata, depois de eleita, possa implementar ou sequer expor as suas ideias de mudança? Com tanta vontade de mudança e de trabalhar em prol do Bombarral, como o tem afirmado, é só isto que tem a propor aos bombarralenses?
Ora aqui ficam algumas perguntas para reflexão da candidata e cabeça de lista do PS para a Assembleia Municipal do Bombarral.
Só lhe desejo é sorte para tanto "empreendadorismo", mas, parece-me que existe por ali muita ingenuidade acerca da "trama política", muito desconhecimento e, acima de tudo, muito deslumbramento relativamente ao "cargo".

"Contos Proibidos- Memórias de Um PS Desconhecido" de Rui Mateus




Não li o livro ainda, mas pretendo fazê-lo. Pela nota do autor, parece que se trata de um livro interessante, no sentido em que poderá desnudar mais algumas "façanhas" políticas e de políticos deste país, que nunca será demais denunciar, para que sejamos todos um povo culto e esclarecido.
Segundo consta, o livro não está disponível para venda, por isso, aqui vai o link para quem quizer ler.
http://ferrao.org/documentos/Livro_Contos_Proibidos.pdf

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Teatro Eduardo Brazão - Bombarral

O magnífico Teatro Eduardo Brazão, inaugurado em 27 de Fevereiro de 1921, é, por excelência, o principal espaço cultural do Bombarral. Além da sua beleza arquitectónica interior, cujas características o aproximam do esplendor dos grandes salões de teatro da Europa do século XIX princípio do século XX, também é detentor de uma excelente acústica, muito apreciada pelos utilizadores, os artistas e os espectadores.
Durante toda a sua existência, ali decorreram muitas actividades culturais e artísticas, como teatro, concertos musicais de vários estilos e gostos, cinema , bailes, etc. , dos quais, eu própria usufrui.
O edifício sofreu ao longo dos anos algumas adversidades, tendo a última acontecido já no século XXI, com os famosos fungos - e que deixou o Bombarral e as suas gentes, mais pobres de espectáculos culturais. Mas desde a sua reabertura, em 6 de Dezembro de 2008, a vida cultural voltou àquele espaço, para grande agrado e participação do bombarralenses.
Nas próximas semanas, decorrerão no Teatro alguma iniciativas, de natureza diversa, que animará, decerto, todos os que ali se queiram deslocar e deleitar com o espaço.

Na próxima sexta feira, dia 11 de Setembro pelas 21h30, será a apresentação das listas de candidatos representantes do Partido Socialista á Câmara Municipal, Assembleia Municipal e junta de Freguesia do Bombarral. Os candidatos estarão acompanhados pela Banda JAZZ “Cotas Club Jazz Band”.

Está também a decorrer desde o dia 5 de Setembro o Festival de Teatro, com a
Organização do Agrupamento de Escuteiros 516 Bombarral

Programação

05-09-2009 21H30
Teatro da Rainha"Peepshow nos Alpes", de Markus Köbeli

12-09-2009 21H30 Espectáculo de Danças Sevilhanas e Orientais

20-09-2009 16H00
Teatro Bocage
"A alegre História de Portugal em 90 minutos", de Mauro Toledo

Também no dia 12 a partir das 18h, acontecerá tambem mais uma sessão de “ Conversas no Teatro”, desta vez dedicado ao tema “O chamado Grupo do Bombarral” com a locução do Dr. Luis Raposo. Será lançado o livro “ O concelho do Bombarral- Contributos para a sua história” do nosso amigo Manuel Patuleia.
Portanto, vá até lá .

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A demissão da Manuela Moura Guedes

Ora já cá faltava mais esta!
Em nome da política, tudo pode acontecer, incluindo corrupção, tráfego de influências, empregos para os amigos e familiares ... , o que, infelizmente, nem em Portugal nem em outros países, é situação inédita ou pouco frequente, apesar de condenável. Mas a verdade é que todos o fazem sem pudor, vergonha ou constrangimento, ou melhor, acontece entre muitos militantes, apoiantes, governantes, directores, gestores e outros, de todos os quadrantes políticos. Apontar baterias e o fogo armado, a alguns e em certas circunstâncias, na tentativa de aproveitamento político, como é o caso, não me parece honesto nem correcto e não é mais do que uma demonstração de falta de honestidade, descaramento ou de de um qualquer tipo de ”amnésia” – muito comum - que dá muito jeito, mas que está (deveria estar) abrigada por telhados de vidro. Denunciar o que está mal, com a intenção de fazer justiça ou fazer cumprir a lei, é algo que qualquer cidadão tem o direito e o dever de fazer ou denunciar, mais que não seja, por se tratar de uma causa cívica. Relativamente a certos assuntos, considerando a forma e os “timmings” em que são feitos, fico bastante apreensiva relativamente aos fins.
Sem meter as “mãos no fogo” por ninguém, a verdade é que aparentemente alguém decidiu que o José Sócrates deveria ser alvo a abater. A novela já é longa e de muitos episódios e agora, coincidência das coincidências, uns dias depois de ter vindo a público que o PM não seria implicado nem arguido no caso Freeport, eis que a Manuela Moura Guedes, lá larga outra bomba, que obviamente, arrasta para a explosão, tanto o José Sócrates, como o partido socialista, como o governo, como os mais básicos direitos fundamentais de qualquer país democrático, a liberdade de expressão. Claro que este último, tem dois sentidos, mas parece evidente que só se quer ajuizar um deles e, neste caso específico, apenas o lado do emissor - a jornalista Manuela Moura Guedes.
Como li algures, e com o que concordo plenamente, esta senhora até se pode intitular como jornalista e o seu programa como um programa de informação, mas, do meu ponto de vista, está muito longe de ser ambos. Nem o programa é de divulgação de informação, mas sim, um programa de emissão de opinião, nem ela, a jornalista, é um emissor isento de divulgação de informação, notícias, factos, mas mais uma “opinion maker” do que outra coisa qualquer, nem sequer se poderá intitular como investigadora, já que, para um trabalho ciêntifico, muitos preceitos têm que ser cumpridos, incluindo a divulgação das fontes. Nesta fase, também é importante referir que, apesar de alguma protecção - algumas vezes justificável - das fontes que estão por detrás das “notícias”, a verdade é que muito se pode “informar” ao abrigo de fontes “fantasmas”, ou não é? E onde se encaixam as fugas de informação de processos em segredo de justiça? Isso é crime!
O Jornal de Notícias, por exemplo, escrevia hoje às 10h01 (entre aspas, o que pressupõe uma citação) que - A Prisa negou hoje, sexta-feira, qualquer interferência na polémica decisão tomada pela TVI de suspender o Jornal Nacional de 6ª-feira, insistindo que se tratou de uma decisão da equipa de direcção em Lisboa. Ler... http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1352859
Esta notícia foi divulgada, horas depois de uma outra, da qual transcrevo este parágrafo - Os espanhóis proprietários da Media Capital, detentora da TVI, há uma semana que preparavam este cancelamento, cuja consequência mais visível é o afastamento de Manuela Moura Guedes da antena. Tinham dado instruções para que a promoção ao programa, na qual aparecia José Sócrates, primeiro-ministro, a fazer acusações à TVI, não fosse para o ar. Juan Luís Cébrian, presidente da Prisa, com ligações ao Partido Socialista espanhol, chamou a si esta decisão. Bernardo Bairrão, director-geral da TVI desde a saída de Moniz, ainda terá tentado demover os gestores.“Ler...http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1351841
Agora pergunto, que fontes fidedignas são estas, que ora dizem uma coisa, ora dizem outra. Qual é a credibilidade destas notícias?
Ver este programa da Manuela Moura Guedes, que pode estar a transmitir factos verdadeiros (não é isto que está em causa), é passar quase uma hora a ouvir falar do “governo” e de José Sócrates, de tudo o que este governo faz, mas sempre no negativo; levar entrevistados que dizem igualmente mal dos atrás citados; ouvir falar de assuntos e documentos que deveriam estar em segredo de justiça, mas que são ali citados e transcritos, sem qualquer pudor, ( claro que sem divulgar as fontes ou as fontes “darem a cara”, pois caso assim fosse, no mínimo seriam levados à justiça - TVI e fontes).
Para quem gosta deste tipo de “informação” é um óptimo programa para fazer coscuvilhice. Uns, aproveitam essa coscuvilhice para vender, ou seja, para fazer lucro, outros, aproveitam para tentar vencer eleições, já que nada mais têm que os possa levar a isso. Daí que todos os partidos da oposição neste momento, achem magnífico e estejam a emitir opinião sobre uma situação ainda não comprovada, mas que lhes dá um jeitão, pois surgiu, mais uma vez, no "timming" certo.
Olha que coincidência!