quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Redução do número de Deputados na Assembleia da República

Salvo raras excepções, os deputados da AR estão obrigados à disciplina de voto imposta pelos partidos, portanto estarem 60 deputados a votar ou a estar um, o resultado é idêntico. E se a ideia é que cada deputado exerça o direito de discursar ou defender por palavras diferentes as ideias que os partidos que representam defendem, então, o melhor combate ao desperdício de tempo inútil e ao dinheiro e regalias pagos a muitos dos 230 deputados que não estão ali a fazer nada e apenas a contribuir para o elevados índices de falta de produtividade nacional, é que se reduza ao mínimo possível essas pessoas. Como creio que disse uma vez António José Seguro, até um deputado por partido já chega.
É uma hipocrisia e pura demagogia ouvir alguns elementos dos partidos políticos com assento parlamentar virem para a comunicação social defender que a democraticidade ou representatividade partidária fica posta em causa com a redução de 230 para 180 deputados. Para mim e para muitos dos eleitores, essas pessoas já estão é a antever a perda de “tachos” para os comparsas, isso sim! Pois não podemos esquecer que muitos dos que são eleitos, vêem de listas distritais e que nos lugares elegíveis são lá colocados os amigos, os “afilhados”, os “lambe botas” e uma grande parte daqueles que não tendo outros recursos, quer fazer a sua ascensão sócio-profissional através das amizades políticas. É que nem sequer é pelo trabalho feito ou qualidades profissionais ou outras. E eu sei do que falo.
Já escrevi uma vez numa crónica que para combater a abstenção era necessária uma mudança de atitudes por parte dos partidos políticos e dos políticos e que a redução de deputados na AR seria um primeiro passo para isso. Pois agora em que se impõem restrições económicas a todos os portugueses, ficaria muito bem aos nossos governantes e deputados da Assembleia da República, defenderem esta causa, até porque a Constituição da República Portuguesa já o prevê também.
Uma pergunta se impõe. Então qual é o problema?

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