Não me vou alongar muito neste tema, por hoje, apenas quero acrescentar mais uma voz a outras vozes que, a partir de agora, irão espalhar a mensagem de alerta para esta terrível realidade social, a probreza e a exclusão. Existe um provérbio popular que diz " água mole em pedra dura, tanto dá até que fura" e é esta a esperança que tenho, que de tanto se falar sobre o assunto, se consiga sensibilizar alguém que faça a diferença, pois até agora e como dizem os Gato Fedorento, "eles falam, falam, falam mas não fazem nada! E eu fico chateada, claro que fico chateada."
Para início de ano e intenções, o que Jardim Moreira, o presidente em Portugal da Rede Anti-Pobreza, falou em entrevista hoje à TSF não foi lá muito animador, dado que referiu que Portugal vai disponibilizar, apenas, 700 mil euros "para colocar na ordem do dia a Pobreza". Com o elevado número de pobres existentes em Portugal (cerca de 2 milhões), número, esse, que tem vindo a aumentar com o crescente número de desempregados e de empregados que, pelos baixos salários e agravamento da economia não conseguem pagar as despesas e encargos mensais e aos quais juntamos ainda as pessoas idosas e os reformados, que vivem e sobrevivem com reformas inferiores ao salário mínimo, é um valor ridículo. Mais grave, ainda, é que esta verba apenas se destina a promover, a por em agenda ou para sensibilizar as pessoas para o problema.
Num país onde o Governador de Portugal ganha, por ano, quase metade deste valor; Num país, onde se gastam milhões de euros para comprar futebolistas e os respectivos clubes nem sequer pagam os impostos que deveriam pagar; Num país onde os bancos têm milhões de Euros de lucro e dizem que têm que aumentar os juros (que os clientes pagam) porque a economia vai mal; Num país onde algumas empresas têm lucros de milhões e, mesmo assim, despedem os seus colaboradores invocando a crise economica, etc.etc. falar em disponibilizar 700 mil euros até dá vontade de rir, se não fosse um assunto tão sério.
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