Quanto aos resultados eleitorais para a presidência da república realizadas no passado domingo gostaria de deixar algumas considerações.
Em primeiro lugar, creio que a abstenção seguiu a tendência crescente que se tem verificado desde as primeiras eleições após o 25 Abril. No meu entender, esta situação deve-se a dois factores essenciais. Por um lado, descrença da população quanto aos políticos e instituições, por outro lado, uma forma de protesto quanto ao sistema, políticos e forma de fazer política actualmente.
Acredito que a falta de esclarecimento da população quanto ao efeito diferenciado do não voto ou voto em branco, tem sido um dos motivos da cada vez mais elevada abstenção. Diria que a maioria dos abstencionistas não vai votar, porque acredita que esta é uma forma de protesto contra o sistema e contra os políticos, ou seja, acreditam ser esta a maneira correcta de demonstrar, aos políticos, o seu desagrado. O engraçado, sem graça nenhuma, é que ninguém se dá ao trabalho de esclarecer devidamente a diferença. Talvez porque interessa a esta classe política manter o povo na ignorância. Imagine-se se todos mudassem a sua forma de protesto da abstenção para votos em branco? O Sr. Presidente, que se assume vencedor de todos os distritos e regiões autónomas e se arroga o mais honesto, a vítima dos mauzões e o mais bem preparado, estaria agora a fazer contas à vida e a ter que mudar de emprego. É que se retirarmos os votos em branco, os nulos e a abstenção, mesmo tendo ganho, o Sr. Cavaco Silva não representa o povo português, representa apenas 2. 230.104 Eleitores num universo de 9.629.630. Seria bom que ele tivesse consciência disso e agisse em conformidade.
Quanto ao facto de o Cavaco Silva ter ganho com maioria aos outros candidatos, por uma lado, ele ganhou com os votos do PSD e CDS e esses foram quase todos, obrigatoriamente, votar, por outro lado, creio que pelo facto de nenhum dos outros ter perfil adequado ao cargo, levou que a maioria não votasse, não apenas pelo protesto em si mas também por não acreditar nos candidatos que foram apresentados e à falta de alternativas, a alternativa foi não votar.
Ainda quanto ao Presidente da República eleito, para além de eu considerar que sofre de uma doença que intitulo de hipocrisia, manifestada a vários níveis, sinto pena que este povo não esclarecido não consiga perceber que se uma pessoa que está na política e a exercer cargos políticos há mais de 30 anos e se intitula como um não político e pior, se nas diferentes funções e cargos políticos que exerceu até á presente data sempre esteve rodeado por corruptos e por ladrões, não pode ser assim tão pura e honesta e dificilmente nunca terá sido favorecida e distribuído e recebido favores desses senhores.
É pena a política ter chegado a este estado de coisas e, infelizmente, não me parece que a classe política esteja muito interessada em mudar ou tentar inverter qualquer factor que leve à diminuição da abstenção, até porque, se a abstenção baixasse significativamente, os resultados eram capazes de ser uma desagradável surpresa para esses mesmos políticos.
O povo ainda não percebeu, infelizmente, e também aos políticos não interessa esclarecer, qual seria o resultado do entre o não ir votar e o votar em branco. É que se já estivessem esclarecidos, acredito que a população votaria em branco e estes senhores que se apresentam a votos, não tendo a aprovação/votos da população, teriam que ser substituídos. E lá ia “maminha” para muita gente/políticos.
Na minha opinião e para terminar este apontamento acrescentaria ainda que, apesar de lhes chamamos-lhe políticos, seria mais correcto chamar-lhes politiqueiros e aquilo que fazem politiquices e não política, é que o sentido de missão que deve nortear estes senhores, não faz parte do vocabulário, prontuário ortográfico ou projecto de intenções desta gente e portanto qualquer parecença com política é pura imaginação/ficção.
Em primeiro lugar, creio que a abstenção seguiu a tendência crescente que se tem verificado desde as primeiras eleições após o 25 Abril. No meu entender, esta situação deve-se a dois factores essenciais. Por um lado, descrença da população quanto aos políticos e instituições, por outro lado, uma forma de protesto quanto ao sistema, políticos e forma de fazer política actualmente.
Acredito que a falta de esclarecimento da população quanto ao efeito diferenciado do não voto ou voto em branco, tem sido um dos motivos da cada vez mais elevada abstenção. Diria que a maioria dos abstencionistas não vai votar, porque acredita que esta é uma forma de protesto contra o sistema e contra os políticos, ou seja, acreditam ser esta a maneira correcta de demonstrar, aos políticos, o seu desagrado. O engraçado, sem graça nenhuma, é que ninguém se dá ao trabalho de esclarecer devidamente a diferença. Talvez porque interessa a esta classe política manter o povo na ignorância. Imagine-se se todos mudassem a sua forma de protesto da abstenção para votos em branco? O Sr. Presidente, que se assume vencedor de todos os distritos e regiões autónomas e se arroga o mais honesto, a vítima dos mauzões e o mais bem preparado, estaria agora a fazer contas à vida e a ter que mudar de emprego. É que se retirarmos os votos em branco, os nulos e a abstenção, mesmo tendo ganho, o Sr. Cavaco Silva não representa o povo português, representa apenas 2. 230.104 Eleitores num universo de 9.629.630. Seria bom que ele tivesse consciência disso e agisse em conformidade.
Quanto ao facto de o Cavaco Silva ter ganho com maioria aos outros candidatos, por uma lado, ele ganhou com os votos do PSD e CDS e esses foram quase todos, obrigatoriamente, votar, por outro lado, creio que pelo facto de nenhum dos outros ter perfil adequado ao cargo, levou que a maioria não votasse, não apenas pelo protesto em si mas também por não acreditar nos candidatos que foram apresentados e à falta de alternativas, a alternativa foi não votar.
Ainda quanto ao Presidente da República eleito, para além de eu considerar que sofre de uma doença que intitulo de hipocrisia, manifestada a vários níveis, sinto pena que este povo não esclarecido não consiga perceber que se uma pessoa que está na política e a exercer cargos políticos há mais de 30 anos e se intitula como um não político e pior, se nas diferentes funções e cargos políticos que exerceu até á presente data sempre esteve rodeado por corruptos e por ladrões, não pode ser assim tão pura e honesta e dificilmente nunca terá sido favorecida e distribuído e recebido favores desses senhores.
É pena a política ter chegado a este estado de coisas e, infelizmente, não me parece que a classe política esteja muito interessada em mudar ou tentar inverter qualquer factor que leve à diminuição da abstenção, até porque, se a abstenção baixasse significativamente, os resultados eram capazes de ser uma desagradável surpresa para esses mesmos políticos.
O povo ainda não percebeu, infelizmente, e também aos políticos não interessa esclarecer, qual seria o resultado do entre o não ir votar e o votar em branco. É que se já estivessem esclarecidos, acredito que a população votaria em branco e estes senhores que se apresentam a votos, não tendo a aprovação/votos da população, teriam que ser substituídos. E lá ia “maminha” para muita gente/políticos.
Na minha opinião e para terminar este apontamento acrescentaria ainda que, apesar de lhes chamamos-lhe políticos, seria mais correcto chamar-lhes politiqueiros e aquilo que fazem politiquices e não política, é que o sentido de missão que deve nortear estes senhores, não faz parte do vocabulário, prontuário ortográfico ou projecto de intenções desta gente e portanto qualquer parecença com política é pura imaginação/ficção.