Estão podres as palavras - de passarem
por sórdidas mentiras de canalhas
que as usam ao revés como o carácter deles.
E podres de sonâmbulos os povos
ante a maldade à solta de que vivem
a paz quotidiana da injustiça.
Usá-las puras - como serão puras,
se caem no silêncio em que os mais puros
não sabem já onde a limpeza acaba
e a corrupção começa? Como serão puras
se logo a infâmia as cobre de seu cuspo?
Estão podres: e com elas apodrece a mundo
e se dissolve em lama a criação do homem
que só persiste em todos livremente
onde as palavras fiquem como torres
erguidas sexo de homens entre o céu e a terra.
"Jorge de Sena"
terça-feira, 27 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Recado ao PS Bombarral
Fiquei com muita pena que o Jorge Gabriel não tenha conseguido alcançar os objectivos propostos nesta campanha eleitoral, pelas razões óbvias, a elevação do nosso concelho ao lugar que merece e deveria estar e, consequentemente, melhoria das condições de vida social e económica das nossas gentes. Gentes essas que, através do seu voto, decidiram voltar a apostar no PSD e no José Manuel Vieira. Mas, e como muito bem diz o novo presidente eleito, os eleitos do PS agora vereadores e deputados da Assembleia Municipal, têm um compromisso eleitoral e não podem nem devem esquecer-se que foram também eleitos, por uma minoria é certo, mas essa minoria confiou e votou num programa e num projecto de desenvolvimento para o Bombarral. Claro que as derrotas nos deixam sempre um sabor amargo na boca e muita frustração, mas, mesmo das derrotas se pode e deve retirar algo positivo. O que interessa é não baixar os braços e não desistir, mesmo que seja esse o primeiro impulso, que também é legítimo.
Como sou uma pessoa muito directa e tenho a “mania” de falar o que penso e pensar o que digo, acho que, neste momento, só as palmadinhas nas costas e passar a mão pela cabeça não chegam, e é isso que tem estado a acontecer. Ou seja, não podemos estar a consolarmo-nos uns aos outros pela derrota sofrida, agradecer o apoio, o esforço e o empenho de todos que estiveram presentes na campanha, enaltecer as capacidades, prestígio ou a formação dos diversos candidatos, para o desempenho das diferentes tarefas dos orgãos autárquicos, caso fossem eleitos. Isto é importante, mas não o bastante. Não se pode continuar, eleição atrás de eleição a chorar sobre leite derramado e não ir ao fundo da questão. É urgente compreender o que sucessivamente tem corrido mal, reflectir de forma séria e realista, pois a verdade nua e crua é mesmo esta, há 16 anos que o PSD está na Câmara Municipal e agora, também, em todas as freguesias deste concelho.
No meu desempenho profissional e académico, tenho tido uma grande proximidade com as pessoas, e sei o que falam e pensam das Instituições políticas, dos políticos e da política, o que me dá, apesar de não andar nestas andanças há tantos anos como alguns, algum conhecimento sobre a matéria e alguma capacidade de análise neste assunto. E do meu ponto de vista e já muitas vezes por mim falado, a verdadeira mudança vai ter que começar internamente no partido e com as pessoas que fazem parte da máquina partidária. Uma aposta na verdadeira mudança das mentalidades e na forma de ver e fazer política, de parar de olhar e falar com o próprio umbigo, de menosprezar ideias, modos e visões diferentes do que é e deve ser a política. Esta receita já está mais do que provada que não resulta!
O meu afastamento do PS Bombarral em particular e da política em geral, entre outras coisas, também se deveu ao que acabo de mencionar. Mas estou disponível para dispensar algum tempo da minha vida pessoal, e integrar um grupo do qual façam parte os agora eleitos pelo PS, (vereadores, deputados da AM e das AF) para desenvolver uma “política” de proximidade a sério, como deve ser a desenvolvida nas autarquias locais, pois o nome assim o indica. Se o objectivo é ganhar as próximas eleições, então, juntar um grupo com todos os que integraram as listas para conviver e não perder a ligação, é passo importante; integrar pessoas de outros quadrantes políticos, independentes e de conhecida ou reconhecida qualidade e capacidades profissionais, pessoais, formativas e outras, é igualmente muito importante e foi uma grande mudança, mas, o fundamental, é que esse grupo continue a fazer o que fez durante a campanha, percorrer as aldeias e os casais do nosso concelho durante todo o mandato. Falar e ouvir a população, saber o que precisa ser feito, o que foi feito, fiscalizar “in loco” a acção no novo executivo, ser o elo de ligação e levar para a Câmara e para a Assembleia, as carências e dificuldades das pessoas, recolher ideias, as preocupações, ideias de desenvolvimento ou melhoria de condições de vida, junto do povo do nosso concelho. Enfim, estar perto durante os próximos quatro anos, ser visível, ser preocupado, ser o agente e o instrumento de ligação à autarquia durante todo o mandato e não apenas 15 dias antes das eleições. É isto que tem sido feito pelo PS do Bombarral se quer ser um partido vencedor, pois para os eleitores isto é apenas “caça ao voto”.
Portanto, e para terminar, aquela expressão, dita pelos vencedores destas eleições, de que “ tínhamos perdido as eleições porque os nossos candidatos não costumam frequentar bares e cafés” não é assim tão absurda. No sentido figurativo foi isto mesmo que aconteceu. Além de se ter esquecido e não se ter preservado o grupo de gente - os candidatos, amigos e apoiantes- que tanto trabalhou e se esforçou em 2005 em nome do Partido Socialista, também não frequentámos nem cafés, nem bares, nem coisa nenhuma, simplesmente desaparecemos durante quatro anos e meio e aparecemos um mês antes das eleições, o que ficou provado da forma mais dura, não ser o suficiente.
Em 2005 não ganhámos as eleições, mas estivemos muito perto e o trabalho que se desenvolveu foi muito bom, só que morreu ali mesmo. Voltámos à estaca zero em 2009 e, ao que parece, a cena vai repetir-se, pois além da "choradeira" e da "dor de corno"o que está a ser proposto é voltar á reclusão de grupo, às mesmas ideias pré-históricas e onde, ainda por cima, alguns elementos socialistas, só o são, quando convém ou quando dá jeito!
Como sou uma pessoa muito directa e tenho a “mania” de falar o que penso e pensar o que digo, acho que, neste momento, só as palmadinhas nas costas e passar a mão pela cabeça não chegam, e é isso que tem estado a acontecer. Ou seja, não podemos estar a consolarmo-nos uns aos outros pela derrota sofrida, agradecer o apoio, o esforço e o empenho de todos que estiveram presentes na campanha, enaltecer as capacidades, prestígio ou a formação dos diversos candidatos, para o desempenho das diferentes tarefas dos orgãos autárquicos, caso fossem eleitos. Isto é importante, mas não o bastante. Não se pode continuar, eleição atrás de eleição a chorar sobre leite derramado e não ir ao fundo da questão. É urgente compreender o que sucessivamente tem corrido mal, reflectir de forma séria e realista, pois a verdade nua e crua é mesmo esta, há 16 anos que o PSD está na Câmara Municipal e agora, também, em todas as freguesias deste concelho.
No meu desempenho profissional e académico, tenho tido uma grande proximidade com as pessoas, e sei o que falam e pensam das Instituições políticas, dos políticos e da política, o que me dá, apesar de não andar nestas andanças há tantos anos como alguns, algum conhecimento sobre a matéria e alguma capacidade de análise neste assunto. E do meu ponto de vista e já muitas vezes por mim falado, a verdadeira mudança vai ter que começar internamente no partido e com as pessoas que fazem parte da máquina partidária. Uma aposta na verdadeira mudança das mentalidades e na forma de ver e fazer política, de parar de olhar e falar com o próprio umbigo, de menosprezar ideias, modos e visões diferentes do que é e deve ser a política. Esta receita já está mais do que provada que não resulta!
O meu afastamento do PS Bombarral em particular e da política em geral, entre outras coisas, também se deveu ao que acabo de mencionar. Mas estou disponível para dispensar algum tempo da minha vida pessoal, e integrar um grupo do qual façam parte os agora eleitos pelo PS, (vereadores, deputados da AM e das AF) para desenvolver uma “política” de proximidade a sério, como deve ser a desenvolvida nas autarquias locais, pois o nome assim o indica. Se o objectivo é ganhar as próximas eleições, então, juntar um grupo com todos os que integraram as listas para conviver e não perder a ligação, é passo importante; integrar pessoas de outros quadrantes políticos, independentes e de conhecida ou reconhecida qualidade e capacidades profissionais, pessoais, formativas e outras, é igualmente muito importante e foi uma grande mudança, mas, o fundamental, é que esse grupo continue a fazer o que fez durante a campanha, percorrer as aldeias e os casais do nosso concelho durante todo o mandato. Falar e ouvir a população, saber o que precisa ser feito, o que foi feito, fiscalizar “in loco” a acção no novo executivo, ser o elo de ligação e levar para a Câmara e para a Assembleia, as carências e dificuldades das pessoas, recolher ideias, as preocupações, ideias de desenvolvimento ou melhoria de condições de vida, junto do povo do nosso concelho. Enfim, estar perto durante os próximos quatro anos, ser visível, ser preocupado, ser o agente e o instrumento de ligação à autarquia durante todo o mandato e não apenas 15 dias antes das eleições. É isto que tem sido feito pelo PS do Bombarral se quer ser um partido vencedor, pois para os eleitores isto é apenas “caça ao voto”.
Portanto, e para terminar, aquela expressão, dita pelos vencedores destas eleições, de que “ tínhamos perdido as eleições porque os nossos candidatos não costumam frequentar bares e cafés” não é assim tão absurda. No sentido figurativo foi isto mesmo que aconteceu. Além de se ter esquecido e não se ter preservado o grupo de gente - os candidatos, amigos e apoiantes- que tanto trabalhou e se esforçou em 2005 em nome do Partido Socialista, também não frequentámos nem cafés, nem bares, nem coisa nenhuma, simplesmente desaparecemos durante quatro anos e meio e aparecemos um mês antes das eleições, o que ficou provado da forma mais dura, não ser o suficiente.
Em 2005 não ganhámos as eleições, mas estivemos muito perto e o trabalho que se desenvolveu foi muito bom, só que morreu ali mesmo. Voltámos à estaca zero em 2009 e, ao que parece, a cena vai repetir-se, pois além da "choradeira" e da "dor de corno"o que está a ser proposto é voltar á reclusão de grupo, às mesmas ideias pré-históricas e onde, ainda por cima, alguns elementos socialistas, só o são, quando convém ou quando dá jeito!
As vitórias planeiam-se a longo prazo, quer as desportivas quer outras quaisquer e, no que diz respeito a eleições autárquicas, cuja essência e filosofia é diferente de qualquer outra eleição, esse planeamento também tem que ser feito a longo prazo, ainda por cima quando o PSD está enraizado, como todos nós sabemos, no nosso concelho.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
JOGOS OLÍMPICOS DE 2016
O Rio de Janeiro, no Brasil, acaba de ser eleita a cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
É a primeira vez que um país Sul Americano é o anfitrião dos Jogos e, apesar de estarmos a 6 anos de distância, fico feliz com a escolha, mais que não fosse, porque é um país da Lusofonia, onde a língua Portuguesa é falada por mais de 190 milhões de pessoas.
É a primeira vez que um país Sul Americano é o anfitrião dos Jogos e, apesar de estarmos a 6 anos de distância, fico feliz com a escolha, mais que não fosse, porque é um país da Lusofonia, onde a língua Portuguesa é falada por mais de 190 milhões de pessoas.
Mas até lá, a próxima edição será em Londres- Inglaterra, em 2012, e é necessário que os nossos atletas sejam apoiados e tenham todas as condições para puderem participar e dignificar, não apenas o nosso desporto e o nosso país, mas principalmente, a essência do que é o desporto. Uma manifestação de alegria, de solidariedade, de amizade, de fraternidadenão, de igualdade , de não descriminação e de Paz entre os povos.
A todos os atletas e participantes apelo, vamos lá treinar, não apenas por boas classificações e prestações desportivas, mas também, para atingir todas estas metas, de longe, as mais importantes para a humanidade.
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